Na metade da década de 1980, a indústria de controle de pestes começou a combinar inseticidas com nutrientes como o açúcar para conduzir as baratas ao cadafalso. Diferentemente de humanos, que só têm papilas gustativas na boca, os insetos são capazes de sentir gosto através das antenas, das pernas, dos pés e das asas. Além disso, nas pessoas, antes que os sinais sensoriais alcancem o cérebro, há um longo processo, que inclui conexões com três diferentes nervos. Nos insetos, ao contrário, isso é quase instantâneo. Pelos muito fininhos, com menos de um décimo de milímetro, e poros que contêm entre duas e quatro células neuronais especializadas em reconhecer quatro sabores (salgado, doce, amargo e ácido) já enviam ao cérebro a informação pronta para ser usada. Não apenas o tipo de gosto, mas em qual parte do corpo ele foi identificado.