Agência France-Presse
postado em 16/05/2013 17:17
PARIS - Cientistas identificaram nanoestruturas nas manchas ultra-pretas da pele de uma víbora africana, as quais poderiam inspirar a criação de um material avançado capaz de absorver a luz, anunciaram nesta quinta-feira (16/5).
A víbora do Gabão, uma das maiores da África e mestre da camuflagem, tem manchas negras de padrão geométrico na pele que são profundas, de um preto aveludado que reflete muito pouca luz.
Entrelaçadas a outras manchas muito reflexivas nas cores branca e marrom, o padrão cria um alto contraste que torna difícil identificar a cobra rastejando no solo multicolorido da floresta tropical.
Uma equipe de cientistas alemãs se lançou a desvendar o segredo por trás da escuridão profunda das manchas negras e descobriu que a escala da superfície era feita de microestruturas folhosas e apinhadas, recobertas com sulcos nanométricos. Um nanômetro equivale a um bilionésimo de metro.
Em artigo publicado na revista Scientific Reports, do grupo Nature, a equipe especulou que as micro e nanoestruturas, que se projetam em ângulos sutilmente diferentes, dissipam e prendem a luz que entra. "A estrutura com o efeito de um negro aveludado também poderia, potencialmente, ser transferida para outros materiais", escreveram os cientistas.
A busca por um material artificial de alta absorção e baixa reflexão é cobiçada pela ciência por seu uso potencial em sistemas ópticos especializados ou captura do calor solar, por exemplo. Algumas superfícies ultra-negras já são mais escuras do que as manchas da cobra, disse à AFP a co-autora Marlene Spinner, do Instituto de Zoologia da Universidade de Bonn.
Mas ao introduzir a nanotecnologia encontrada na pele da cobra poderia potencialmente aumentar ainda mais sua absorção da luz. "A micro-ornamentação das escalas de preto aveludado da cobra é um exemplo mais avançado de que a mesma lei física se aplica à natureza e à tecnologia e conduz consequentemente a construções similares", escreveu a equipe.
A víbora do Gabão, uma das maiores da África e mestre da camuflagem, tem manchas negras de padrão geométrico na pele que são profundas, de um preto aveludado que reflete muito pouca luz.
Entrelaçadas a outras manchas muito reflexivas nas cores branca e marrom, o padrão cria um alto contraste que torna difícil identificar a cobra rastejando no solo multicolorido da floresta tropical.
Uma equipe de cientistas alemãs se lançou a desvendar o segredo por trás da escuridão profunda das manchas negras e descobriu que a escala da superfície era feita de microestruturas folhosas e apinhadas, recobertas com sulcos nanométricos. Um nanômetro equivale a um bilionésimo de metro.
Em artigo publicado na revista Scientific Reports, do grupo Nature, a equipe especulou que as micro e nanoestruturas, que se projetam em ângulos sutilmente diferentes, dissipam e prendem a luz que entra. "A estrutura com o efeito de um negro aveludado também poderia, potencialmente, ser transferida para outros materiais", escreveram os cientistas.
A busca por um material artificial de alta absorção e baixa reflexão é cobiçada pela ciência por seu uso potencial em sistemas ópticos especializados ou captura do calor solar, por exemplo. Algumas superfícies ultra-negras já são mais escuras do que as manchas da cobra, disse à AFP a co-autora Marlene Spinner, do Instituto de Zoologia da Universidade de Bonn.
Mas ao introduzir a nanotecnologia encontrada na pele da cobra poderia potencialmente aumentar ainda mais sua absorção da luz. "A micro-ornamentação das escalas de preto aveludado da cobra é um exemplo mais avançado de que a mesma lei física se aplica à natureza e à tecnologia e conduz consequentemente a construções similares", escreveu a equipe.