O avanço do outono anuncia a chegada de um dos períodos do ano mais temidos por pessoas que convivem com doenças respiratórias: o inverno. A baixa umidade do ar é ingrediente certeiro para o ressecamento das vias aéreas, abrindo brecha para complicações provocadas pela sinusite, pela bronquite e pela asma. Para amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida daqueles que são acometidos por essas doenças, uma especialidade da fisioterapia ; até então muito associada à ortopedia esportiva ; se mostra a principal aliada.
A fisioterapia respiratória ganha cada vez mais visibilidade no tratamento e na prevenção de enfermidades ligadas às vias aéreas. Com a adoção de técnicas que incluem higiene, estímulo à expectoração, à ampliação da capacidade respiratória e ao fortalecimento da musculatura torácica, é possível mitigar as principais reações provocadas por essas doenças. ;Pessoas que têm alteração no sistema respiratório precisam readequá-lo. Com técnicas de fisioterapia que incluem exercícios, é possível reaprender a respirar usando maiores volumes e capacidades pulmonares;, explica Silano Souto Mendes Barros, fisioterapeuta com especialização em fisioterapia em terapia intensiva.
Ao ampliar a capacidade respiratória, a oxigenação dos tecidos é favorecida e o resultado é a melhoria da qualidade de vida. ;Do contrário, as pessoas ficam cansadas mais rápido, reduzem as atividades físicas e podem comprometer inclusive a vida sexual e o rendimento no trabalho;, observa Silano. Por isso a importância de priorizar uma respiração correta e que amplie a capacidade pulmonar. Segundo Jocimar Martins, presidente da Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespitarória e Fisioterapia em Terapia Intensiva (Assobrafir), a especialidade tem papel fundamental na melhoria do condicionamento muscular. ;São maiores os benefícios fisiológicos e a capacidade de praticar exercícios;, acrescenta.