Este foi o nono ano mais quente desde 1850, primeiro do qual se tem registro, e o 27; ano consecutivo no qual a temperatura de terras e superfícies marinhas supera a média de 1961-1990. "A tendência continua de alta das concentrações atmosféricas de gases do efeito estufa confirma que o aquecimento prosseguirá", disse Jarraud.
Temperaturas superiores à média foram registradas em quase todo o planeta, particularmente na América do Norte, Europa meridional, Rússia ocidental, partes do norte da África e América do Sul meridional, destacou a OMM. Paralelamente, foram registradas temperaturas inferiores à média no Alasca, partes do norte e leste da Austrália e Ásia Central.
As precipitações também mudaram, com condições mais secas que a média em grande parte do centro dos Estados Unidos, México setentrional, nordeste do Brasil, centro da Rússia e centro-sul da Austrália. A umidade aumentou no norte da Europa, oeste da África, centro-norte da Argentina, oeste do Alasca e na maior parte do norte da China.
O furacão Sandy afetou primeiro o Caribe e depois a costa leste dos Estados Unidos no fim de outubro. Pelo menos 300 pessoas morreram na região e foram registradas perdas materiais de mais de 75 bilhões de dólares apenas nos Estados Unidos. A destruição provocada pelo Sandy levou a OMM a retirar este nome da lista rotativa de nomes de tempestades, informou a agência da ONU.
"Sandy" será substituída por "Sara", depois que os meteorologistas decidiram que o uso futuro do nome poderia gerar tristeza. "Sandy" é o 77; nome retirado da lista de tempestades tropicais do Atlântico, como já havia acontecido nos casos "Irene" (2011), Igor e Tomás (2010), Gustav e Paloma (2008) e Denis, Katrina, Rita e Wilma (2005).