Ladan Eshekevari, principal autora do estudo, conta que seu interesse pelo tema surgiu da experiência clínica.
;Notei que muitos dos meus pacientes em que aplicava acupuntura para tratar dores relatavam sinais de alívio do estresse, como hábitos de sono melhor e maior capacidade de lidar com o sofrimento físico, entre outros. Então, pensei que, talvez, eu estivesse afetando as vias de estresse em vez das de dor;, revela Eshekevari, que é fisiologista, enfermeira anestesista e acupunturista certificada. Ela resolveu, então, projetar uma série de estudos em camundongos para testar o efeito da acupuntura elétrica nos níveis de proteínas e hormônios secretados como resposta ao estresse. ;Eu usei eletroacupuntura, porque ela me garante que cada animal recebeu a mesma dose de tratamento;, explica a pesquisadora.
Wu Tu Hsing, professor de medicina tradicional chinesa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), explica que o estimulador elétrico é utilizado quando se deseja potencializar o efeito da agulha. ;Assim, você consegue explorar o máximo de efeito em determinado ponto. É como se você aumentasse a dose.; O professor esclarece que o estimulador elétrico é raramente utilizado, entrando em cena quando há pouca resposta ao estímulo manual, como nos casos de artrose.