Publicada na revista científica BMC Medicine, a pesquisa analisou 60 mil gestantes, coletou detalhes do nascimento dos recém-nascidos e chegou à conclusão de que, para cada 100mg de cafeína consumidas por dia, o bebê, ainda dentro da barriga da mãe, pode perder de 21mg a 28mg. ;Com os nutrientes e o oxigênio, a cafeína atravessa livremente a barreira placentária e chega ao embrião em desenvolvimento;, afirma o estudo. Durante o período fetal, entretanto, o ser ainda em formação não possui as enzimas necessárias para a demetilação da cafeína, e a substância acaba retida no líquido amniótico, dificultando a passagem dos nutrientes da mãe para o feto. De acordo com Ana Marily Suriano, neonatologista do Hospital Santa Luzia, por ser um estimulante do sistema nervoso central e acelerar o gasto energético e metabólico, a cafeína estimula a queima de energia do feto, comprometendo o seu crescimento. Entretanto, enquanto os estudos costumam relacionar a ingestão da substância ao parto prematuro, Suriano ressalta que a pesquisa inova ao falar que a cafeína pode ser responsável por prolongar o tempo de gestação.