Entender como ocorreu a evolução do homem não é tarefa fácil. Apesar de o mapeamento do genoma humano ter ajudado a confirmar a origem de determinados traços, como a tolerância à lactose e a resistência à malária em algumas populações, ainda há muito a descobrir sobre as mudanças que deixaram africanos, europeus, asiáticos ou americanos com características tão distintas. Em um artigo publicado na revista Cell, um grupo de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, aponta uma nova e promissora forma de buscar essa resposta: o desenvolvimento de modelos animais que permitem observar, em laboratório, processos da evolução humana recente.
No estudo, os cientistas conseguiram confirmar que uma variante genética específica está por trás da formação de pelos mais grossos e do aumento de glândulas sudoríparas em populações da Ásia e em índios norte-americanos. E a comprovação ocorreu com a ajuda de camundongos modificados geneticamente.