O cérebro é composto por numerosas e diferentes redes, como a visual e a motora, e, por elas, circulam sinais elétricos constantemente. ;Estamos vendo a intensificação de estudos que se concentram no funcionamento dessas redes porque já sabemos que interrupções na comunicação dos grupos de neurônios estão diretamente relacionadas às principais doenças que afetam o cérebro, incluindo esquizofrenia, Alzheimer, depressão e hiperatividade. Exames de imagem mais sofisticados e sensíveis conseguem fazer essa associação;, explica Christopher Pawela, pesquisador da Faculdade de Medicina de Wisconsin e editor da revista científica Brain Connectivity.
Mas, se na idade adulta as redes já estão em pleno funcionamento, na infância elas ainda se encontram em processo de formação. ;Em crianças, as redes trabalham para começar a se conectar. Os sinais de comunicação e conexão são mais fracos e viajam a distâncias mais curtas. Ao estudá-los no cérebro de fetos humanos saudáveis, fomos capazes de, pela primeira vez, observar e medir a formação dessas redes no início da vida;, afirma Moriah E. Thomason, professora de pediatria da Universidade Estadual de Wayne e principal autora do estudo, feito em parceria com o Departamento de Pesquisa Perinatal dos Institutos Nacionais de Saúde Mental dos EUA.