Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Baixo consumo de líquidos aumenta incidência de cálculo renal

Em média, o mal atinge 15% da população, mas no verão a incidência dobra, segundo alerta do urologista Fábio Vicentini



Porém, quando os cálculos atingem de um centímetro para cima, normalmente, há o indicativo de cirurgias. É um estágio da doença em que paciente pode passar por uma experiência bem desagradável. A pedra entope o canal de drenagem do rim para a bexiga e o sintoma é a sensação de uma cólica muito forte. A dor intensa e súbita surge nas costas e vai para o abdômen, levando quem sofre a um pronto-socorro, explica o médico.

De acordo com o médico, metade dos pacientes em tratamento volta a apresentar o problema, ou porque a pedra não foi expelida por completo ou em razão de se manter os mesmos hábitos que levaram à formação dos cálculos. Ele recomenda que se deve beber muita água, em média dois litros por dia , e sucos naturais. Os de melão, laranja e limão são os mais indicados porque contêm uma substância, o citrato, que auxilia no bom funcionamento renal.

Entre as dicas repassadas pela Secretaria da Saúde está a redução do uso de sal, que pode ser compensada por meio de ervas naturais como salsinha, cebolinha e orégano, além de suco de limão, que acentuam o sabor dos alimentos. Por meio de nota, a secretaria lembra que ;o famoso chá de quebra-pedra não faz milagres;. O efeito benéfico vem do líquido e não das folhas, que podem até provocar intoxicações.

Entre as pessoas mais suscetíveis a ter problemas de cálculo renal estão os obesos, por apresentar mais cálcio e ácido úrico na urina. Quem consome frutos do mar em excesso também são potenciais candidatos.