O número de pessoas afetadas pelo mal de Alzheimer triplicará nos Estados Unidos até os 12,8 milhões nas próximas quatro décadas, segundo novas estimativas publicadas esta quarta-feira pela revista acadêmica de neurologia deste país, a Neurology.
O aumento é explicado pelo envelhecimento da chamada geração do Baby Boom, destacou a doutora Jennifer Weuve, professora de Medicina em Chicago e co-autora da pesquisa.
"Cada vez há mais pessoas afetadas pela doença, o que constitui um grande problema para o sistema de saúde e para os programas sociais", afirmou ela, destacando que estas estimativas confirmam as feitas anteriormente.
O estudo, realizado entre 1993 e 2011 com 10.802 americanos maiores de 65 anos residentes em Chicago, alerta para a "necessidade urgente" de avançar no estudo da doença e em estratégias de prevenção.
Nele são cruzados dados de idade, origem étnica e formação com os de mortalidade, assim como as estimativas atuais e futuras do censo.
Desta forma, diante dos 4,7 milhões de pessoas afetadas pelo mal de Alzheimer registradas em 2010, o estudo indica que esta cifra chegará a 13,8 milhões em 2050, dos quais mais da metade terão pelo menos 85 anos.
Segundo uma fundação privada que luta contra a doença, a USAAgainstAlzheimer, os Estados Unidos deveriam dedicar US$ 2 bilhões para combater este mal, 4,4 vezes mais do que o orçamento atual.