[SAIBAMAIS]
De acordo com Lena Brundin, principal autora do artigo, essa foi a primeira pesquisa que mostrou que no cérebro das pessoas que tentam tirar a própria vida há um nível consideravelmente maior ;mais que o dobro ; de uma substância chamada ácido quinolínico, produzida pelo organismo como parte da resposta imune que gera inflamação. ;Há alguns anos, nós constatamos que, no cérebro de pacientes suicidas, era comum haver uma inflamação. Nós, então, começamos a nos perguntar como essa irritação poderia afetar o cérebro e a fazer os pacientes se sentirem deprimidos. Procuramos os distúrbios químicos do cérebro e das células nervosas;, explica Brundin.
Os pesquisadores analisaram o líquido cefalorraquidiano (substância que passa pela medula óssea e banha o cérebro) de 100 indivíduos na Suécia, sendo que cerca de dois terços deles já haviam sido hospitalizados após tentarem se matar. O restante dos analisados era saudável. Além disso, todos os participantes foram atendidos por um psiquiatra, que lhes perguntou sobre seus sentimentos e anseios.