São Paulo ; Na Escola Classe 15 de Ceilândia, uma horta de 400m2, onde as crianças colhem alface, rúcula, espinafre, pimenta, rabanete e ervas medicinais, tem rendido importantes prêmios, como do Green Move Festival. O projeto chamado Cantinho Verde, que teve início em 2008, é o resultado concreto de um movimento mundial pela conscientização sobre como o alimento é produzido. Principal defensora do uso de ingredientes frescos, locais e sazonais, a norte-americana Alice Waters, em sua primeira visita ao Brasil, na semana passada, não viu a horta de Ceilândia, mas percorreu outra em uma escola de São Paulo, onde veio abrir a Semana Mesa SP 2012, nona edição do evento realizado pelo Senac, em seu auditório de Santo Amaro, em parceria com a revista Prazeres da Mesa, que teve como tema Descobrindo as Américas.
Há 40 anos, Alice Waters iniciou o que ela gosta de chamar de ;revolução deliciosa; ao abrir, em 1971, o restaurante Chez Panisse, em Berkeley, na Califórnia. Lá, ela só usa produtos orgânicos comprados diretamente do produtor, sem intermediários. Com isso, criou-se uma rede de fornecedores que inclui pescadores, queijeiros, hortelões e outros. Sua cruzada lhe valeu o cargo de vice-presidente do Slow Food Internacional, movimento criado na Itália pelo jornalista e sociólogo Carlo Perini, que dirige a organização.
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