Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Projeto planeja criar bactéria para unir resíduos que se acumulam no oceano

Por volta de 2030, uma ilha surgirá no meio do Oceano Pacífico Norte, perto do Havaí. Em vez de ser formado por terra, esse novo território terá uma característica bastante peculiar: será feito de plástico. A previsão se tornará realidade caso um grupo de estudantes da University College London (UCL), no Reino Unido, seja bem-sucedido no projeto que busca resolver um dos problemas ambientais mais graves da atualidade: a enorme quantidade de resíduos plásticos que se acumula nos mares do planeta.

O projeto científico integra o International Genetically Engineered Machine (Igem), maior campeonato de biologia sintética do mundo. A ideia do grupo britânico é modificar geneticamente bactérias para que elas possam agregar o plástico existente no oceano, formando assim um grande amontoado que poderá ser facilmente retirado e reciclado ; ou, ainda, ganhar uma proporção tão grande a ponto de servir como um ilha artificial. ;Depois de meses de planejamento, estamos nos reunindo para construir uma ilha de plástico, utilizando os princípios da biologia sintética. Ao fazê-lo, pretendemos promover uma solução para o acúmulo de plástico no Pacífico Norte;, afirma Philipp Boeing, estudante do segundo ano de ciência da computação e integrante da equipe.