;Muitas evidências que temos a partir da neuroimagem sugerem que observar uma pessoa com dor, ou outro tipo de sentimento, ativa, em quem está vendo, regiões do cérebro chamadas córtex insular anterior e córtex cingulado anterior. Mas até agora não tínhamos certeza sobre o papel que elas desempenham na empatia, nem se eram ;necessárias; para a percepção da dor alheia;, diz Patrick R. Hof, coautor de um estudo sobre o tema, publicado na revista Brain. A pesquisa, que avaliou pessoas saudáveis e com lesões cerebrais de diferentes tipos, concluiu que a área mais ligada ao processo de empatia é o córtex insular anterior.
Neurologista do Hospital Mount Sinai, nos Estados Unidos, Hof afirma que o conhecimento das áreas exatas implicadas nesse processo pode ajudar a desenvolver tratamentos para pacientes que sofrem de doenças neuropsiquiátricas caracterizadas por deficits da interação social. ;Agora que sabemos quais são os mecanismos cerebrais associados à empatia, podemos traduzir essas descobertas para tratar de problemas como o autismo e a demência frontotemporal;, acredita.