Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Estudo da USP busca por teste que aponte predisposição a males cerebrais

O envelhecimento é um processo natural e inevitável. Ocorre em todas as espécies vivas e se inicia já no momento do nascimento. No cérebro, a principal consequência do movimento ininterrupto dos ponteiros do relógio é a morte de neurônios. Apesar do envelhecimento cerebral não ser considerado uma patologia, não há dúvidas de que ele representa um fator de risco para o surgimento de doenças como os males de Alzheimer e de Parkinson. Devido aos seus efeitos na saúde e na qualidade de vida humana, uma das buscas mais incessantes da ciência é encontrar marcadores biológicos que possam caracterizar, e mesmo explicar, o processo de envelhecimento do órgão.



Uma equipe de pesquisadores brasileiros encarou o desafio e acaba de apresentar uma forma simples e pouco invasiva de determinar em que grau se encontra o ;cronômetro do cérebro;. Caso a hipótese central seja confirmada, pessoas de todo o mundo poderão realizar o diagnóstico precoce de doenças neurodegenerativas por meio de testes sanguíneos. Isso porque, em estudos com roedores e seres humanos, os especialistas da Universidade de São Paulo (USP) observaram que o nível de três compostos encontrados em células do sangue pode refletir a saúde das células cerebrais. Todas essas substâncias corroboram com a teoria dos radicais livres, segundo a qual o metabolismo celular produz radicais de oxigênio altamente reativos que danificam lipídeos, proteínas e o DNA.