Seis meses de treino aeróbico aliado a atividades de resistência podem melhorar em até 50% dos casos os problemas cognitivos após o derrame. A atividade física já era conhecida como uma importante aliada na recuperação das funções motoras, também comprometidas pelo AVC, mas é a primeira vez que são estudados os benefícios para o cérebro. De acordo com a médica Susan Marzolin, autora do artigo, o comprometimento cognitivo leve ocorre em até 64% das pessoas que sofrem um derrame e pode aumentar em três vezes o risco de mortalidade após o problema vascular. ;Ele também é associado ao aumento das taxas de institucionalização dos pacientes e à diminuição das atividades funcionais diárias. Além disso, o comprometimento cognitivo aumenta o risco do desenvolvimento de demência;, explica Marzolin.
O que a pesquisadora defende é que levantar peso não só melhora a força muscular, assim como caminhar não ajuda apenas no condicionamento cardiorrespiratório. As duas atividades, quando realizadas em conjunto e com frequência, podem também incentivar a neurogênese dos pacientes que sofreram um AVC. Além disso, Marzolin acrescenta que evidências recentes relacionam a atrofia cerebral e o pobre desempenho cognitivo ao aumento da massa gorda em pessoas com início de Alzheimer.