Essas duas visões raramente dialogaram, até que, na visão do psiquiatra Frederico Graeff, a neurociência proporcionou uma visão intermediária entre as duas e trouxe progressos para a compreensão e o tratamento de vários distúrbios. Entusiasta desse equilíbrio entre mente e cérebro, o professor titular da Universidade de São Paulo (USP) aposta no conceito da complementaridade para solucionar tal impasse, como deixou claro durante sua participação no 6; Simpósio Internacional de Neurociências da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), realizado na semana passada em Belo Horizonte. Com o conceito, Graeff tenta resolver o desacordo entre as duas modalidades de conhecimento: a objetiva e a subjetiva, a neurociência e a psicanálise.