O uso de pacientes virtuais para treinamento de estudantes de diferentes áreas da saúde já é explorado em universidades americanas e europeias há pelo menos uma década. Neste mês, o psicólogo e especialista em realidade virtual Albert Rizzo apresentou um modelo adaptado à psicologia, com avatares humanizados graças à inteligência artificial. O sotware permite fazer reconhecimento de voz e interagir de maneira coerente, com os pacientes apresentando reações e sintomas esperados para determinadas condições psicológicas.
Justina, outra personagem, é vítima de estupro. Ela relata ao estudante que, uma noite, saiu com um colega, que, dentro do carro, usou uma faca para agredi-la sexualmente. A paciente virtual responde às perguntas do terapeuta, ao mesmo tempo em que faz gestos sugestivos de ansiedade, como bater os pés no chão repetidas vezes. Conduzida pelos questionamentos, relata flashbacks constantes, diz que se sente muito assustada e que se isolou dos amigos. O diagnóstico: transtorno de estresse pós-traumático.