A última missão de uma espécie de cupim foi descrita na edição de hoje da revista Science. Um grupo de pesquisadores da República Tcheca, da Bélgica e do Japão estudou o comportamento suicida dos Neocapritermes taracua, que vivem na região neotropical, inclusive, no Brasil. O autossacrifício não é uma exclusividade dessa espécie. Outros insetos têm ação semelhante, como as formigas camicases, do sudeste asiático. Elas contêm uma substância tóxica dentro do corpo e, em situações de risco, se explodem para lançar o veneno que imobiliza o predador. Também asiático, o cupim Globitermes sulphureus primeiro captura o inimigo com a mandíbula para, então, romper glândulas de seu abdômen, que produz uma substância amarela e tóxica. Além de matar o adversário, esse líquido tem um cheiro que ajuda a avisar os outros sobre o perigo.