Belo Horizonte ; Quando chove, nos rincões mais longínquos do país e nos maiores centros urbanos, é comum ouvir o barulho de pingos de água ricocheteando em algum telhado de amianto. ;Mais de 50% dos galpões industriais, agrícolas e das casas no país são cobertos com esse material;, estima o professor da Universidade Federal de Lavras (Ufla) Gustavo Henrique Denzin Tonoli, que recebeu, no último dia 11, o Prêmio Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) por sua tese de doutorado realizada na Universidade de São Paulo, em São Carlos, sobre fibrocimento de eucalipto.
O professor integra um grupo de acadêmicos de universidades brasileiras, como a PUC-Rio, a Universidade Federal da Paraíba e o Centro Federal de Ensino Tecnológico de Minas Gerais, que tem como objeto de pesquisa as construções não convencionais. Os trabalhos buscam desenvolver uma alternativa às construções de fibra de amianto que seja menos impactante para o meio ambiente, mas que consiga manter as qualidades do outro composto. ;Quanto mais você conseguir colocar fibra vegetal na telha, mais sustentável será o processo que ela envolve;, argumenta Tonoli.