Apesar dos avanços nos estudos arqueológicos ao longo da mais extensa bacia hidrográfica do planeta, ainda não se pode precisar exatamente quantas pessoas havia e onde exatamente estavam localizadas há alguns milênios. Os dados ficam cada vez mais raros na região ocidental, próximo ao estado do Acre e na fronteira do Brasil com o Peru. Foi exatamente aí o foco da pesquisa, que analisou 247 amostras de solo coletadas aleatoriamente em 55 pontos. Para chegar à teoria que vê uma ocupação desigual na Amazônia pré-colombiana, o grupo de pesquisadores, formado por cinco americanos e dois brasileiros, reconstruiu a história do fogo e da vegetação na região, analisando a presença de carvão e fitólito (corpos silicosos produzidos por algumas plantas cultivadas) no solo coletado.