Belo Horizonte ; ;Muita gente não enxerga a aplicação social direta do nosso estudo de insetos;, lamenta o bem-humorado biólogo Diogo França, pesquisador do Museu de Ciências Naturais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e parceiro do professor e curador da coleção de invertebrados do museu, Henrique Paprocki. ;Mas há uma aplicação muito clara;, afirma, se referindo ao uso de indicadores biológicos para a medição da qualidade de águas.
Paprocki e França trabalham atualmente descrevendo 22 novas espécies de invertebrados aquáticos, ainda desconhecidas pela ciência. Paralelamente a esse trabalho, os dois estudiosos integram um grupo de pesquisa de diferentes campos do conhecimento, patrocinado pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que busca fazer um protocolo de medição da água em bacias hidrográficas no Triângulo Mineiro.