Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Gravidez tensa pode levar à deficiência de ferro em recém-nascidos

Começo da vida. Falta de preocupações. Distância da ansiedade. E uma herança causada por um dos principais males da vida moderna: o estresse. Nem os bebês estão livres dos efeitos desse tão falado desconforto físico e psicológico, segundo estudo apresentado no encontro anual da Pediatric Academic Societies (PAS), realizado no mês passado, nos Estados Unidos. E o problema começa na gestação. De acordo com a pesquisa, recém-nascidos de mães estressadas, durante o primeiro trimestre da gravidez, têm o risco de ter uma deficiência de ferro no organismo, o que pode levar a problemas físicos e mentais durante a infância.

Só detectada por meio de exame de sangue, a carência da substância causa nas crianças fadiga, falta de apetite, palidez da pele e das mucosas na parte interna do olho e na gengiva, dificuldade de aprendizagem e apatia. O ferro tem como principal função transportar o oxigênio no sangue por intermédio da hemoglobina, existente nos glóbulos vermelhos. Ele também interage no desenvolvimento dos órgãos, especialmente o cérebro, e desempenha um papel importante nos processos metabólicos. Sabe-se, contudo, que os fatores de risco da deficiência de ferro, além de estarem ligados a problemas na gravidez, podem estar relacionados ao tabagismo, à diabetes, ao parto prematuro e ao baixo peso no nascimento.