Para desvendar se realmente todos os danos neurológicos presentes nos militares estão ligados a explosões, os médicos analisaram o cérebro de oficiais já mortos que haviam sido expostos a detonações de bombas e concussões. Em seguida, compararam com o de jogadores de futebol americano e de lutadores de wrestling que também haviam morrido ; uma vez que os esportistas são as pessoas com maior risco de ter ETC, por conta das pancadas que levam na cabeça durante jogos e lutas. ;Em seguida, fizemos experimentos em laboratório com ratos para comprovarmos os resultados obtidos. Nos testes, descobrimos que as explosões diminuíram a velocidade de condução de sinais elétricos ao longo dos axônios, estruturas que transmitem as informações entre os neurônios, que são as células cerebrais;, descreve Patric K. Stanton, autor do estudo apresentado na revista Science Translational Medicine e professor de neurologia da Escola Médica de Nova York. Essa redução na transmissão de dados entre os neurônios, detectada entre duas e quatro semanas após o incidente, prejudica a capacidade de aprendizagem e de memorização.