Ainda faltam dois meses, mas, a julgar pelas impressões de grande parte dos ambientalistas, a Conferência das Nações Unidas sobre Sustentabilidade, a Rio%2b20, não deve resultar em grandes avanços na questão ambiental. Enquanto a organização local e o comitê da ONU para a conferência mantêm discursos otimistas, defensores da natureza reclamam da falta de espaço para discussão e preveem poucos resultados. Lidar com esse tipo de expectativa e com o risco de esvaziamento da conferência é uma problema a ser enfrentado pelo Brasil para evitar que, diferentemente do que ocorreu na histórica ECO92, a Rio%2b20 naufrague antes mesmo de começar.
A ONU, pelo menos oficialmente, mantém o otimismo a respeito da reunião, que ocorrerá de 13 a 22 de junho no Rio de Janeiro. "O que eu posso dizer com base no que tenho ouvido dos negociadores é que a maioria deles querem avanços ambiciosos", diz Brice Lalonde, coordenador executivo da conferência. "Claro que teremos de esperar o fim do encontro para dizer se os avanços são ambiciosos ou não, mas a porta continua aberta", pondera.
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