Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Estudo norte-americano pode ajudar na busca por seres em outros planetas

Durante muito tempo, uma contradição a respeito da história da Terra intrigou os cientistas. Sabe-se que, há 2,7 milhões de anos, o Sol emitia apenas 85% de sua energia atual, o que seria insuficiente para descongelar a superfície do planeta. Porém, estudos geológicos mostram que o planeta não era um grande cubo de gelo, como mostram diversas evidências geológicas que indicam a presença de água líquida já naquela época. Buscando explicar essa contradição, cientistas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, encontraram uma resposta nos gases de efeito estufa presentes na atmosfera da Terra primitiva. Segundo eles, essas substâncias mantinham a temperatura do planeta mais amena, permitindo a existência de água, logo de vida no planeta. Além de ser uma nova peça no quebra-cabeças da história da Terra, a descoberta pode ser fundamental na busca por vida em outros planetas.

Para chegar a essa conclusão, a equipe analisou o tamanho dos sinais de gotas de chuva fossilizados, encontrados por geólogos nos anos 1980, na região que se estende da Cidade do Cabo a Johanesburgo, na África do Sul. O diâmetro das marcas traz uma série de dados aos especialistas, como a velocidade da chuva, a pressão atmosférica da época e a composição do material sobre o qual a água caiu. Quanto mais ;obstáculos;, como uma atmosfera muito densa, por exemplo, menor é a dimensão da gota.