O diabetes é um fardo muito grande para se carregar na infância, perceberam logo os pais da americana Emma Doskicz. Os sacrifícios ao paladar são cruéis, as injeções e picadas no dedo assustam e não é permitido sequer vacilar nos exercícios diários. ;Para completar, algumas crianças não conhecem ninguém que também tenha diabetes. Saber que Jerry partilha do mesmo problema é um alívio;, conta Jewels Doskicz, 41 anos, enfermeira e mãe de Emma, uma valente garotinha de 10 anos.
Jerry não é um amiguinho de escola da menina, tampouco um médico do hospital onde ela se trata. Ele é um urso-robô, cujo objetivo de ;vida; é ensinar crianças diabéticas como ele a lidar com a doença e mudar os hábitos. Trata-se de um projeto ainda em fase de testes, e Emma é uma das primeiras a conviver com o amiguinho de pelúcia.
Paro, o bebê-foca que dá fim à solidão
No ano passado, o Correio Braziliense acompanhou o lançamento de Paro, um bebê-foca robótico que foi produzido pelos japoneses com um único objetivo: ser um animal de estimação para a cura. Ele foi de grande ajuda para vítimas de tragédias como o tsunami que assolou o país no ano passado. Paro foi desenvolvido para interagir com seres humanos e reproduzir os mesmos efeitos positivos psicológicos e sociais já conhecidos da terapia com animais.
Na época, a equipe do Correio levou o robozinho para ser testado por crianças de 3 e 4 anos que frequentam uma creche comunitária da QE 38, no Guará II. Depois de um rápido susto inicial ; afinal, aquele bicho de pelúcia se mexia apenas com estímulos sonoros e de luz ; as crianças se atiraram nos braços do bebê-foca. A diversão foi generalizada. Com cinco tipos de sensores (tátil, de luz, de áudio, de temperatura e de postura), Paro consegue "sentir" a presença do dono e interagir com ele, aplacando a solidão.