A situação dramática dessas crianças que vivem no sul da África é acompanhada por um agravante. Os médicos pouco podem fazer por elas. Não existe tratamento. Na verdade, os especialistas nem sequer sabem o que vem causando o mal. Os primeiros casos foram relatados pela médica canadense Louise Jilek-Aall, em 1960, na região de Mahenge, cidadezinha isolada nas montanhas da Tanzânia. ;As pessoas com epilepsia eram temidas, pois acreditava-se que a doença fosse contagiosa;, contou Louise à revista Science, que, na edição desta semana, traz um especial sobre o mal misterioso. ;Eles foram evitados pelos outros. Alguns morreram por maus-tratos;, relata a atual professora emérita da Universidade da Columbia Britânica, em Vancouver, no Canadá.