Genebra - A CITES, Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e da Flora Silvestres, pediu nesta quarta-feira (21/3) que algumas espécies aquáticas, como corais, golfinhos, tubarões e cavalos-marinhos, sejam mais bem protegidas.
Em um comunicado, publicado após reunião do Comitê de Animais da CITES em Genebra, a secretaria da convenção informou que tratou sobretudo de casos das espécies aquáticas com 150 especialistas reunidos entre 15 e 20 de junho passados.
Estes especialistas recomendaram cotas de exportação "prudentes" para certas espécies, como os cavalos-marinhos do sudeste asiático, os mariscos do Pacífico e os esturjões do Mar Cáspio. Além disso, o comitê recomendou que as exportações de golfinhos que vivem nas Ilhas Salomão sejam restritas a 10 por ano.
O comitê examinou, ainda, o comércio de serpentes e de tartarugas na Ásia, o de répteis em Madagascar e o de escorpiões e pássaros africanos.
A este respeito, os especialistas manifestaram sua inquietação relativa ao comércio de alguns pássaros, como os grous-coroados nos países africanos. Entre 2000 e 2010, 1.300 grous foram vendidos.
Os especialistas adotaram recomendações para proteger a população de grupos em Guiné, Nigéria, Ruanda, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia e Uganda.
O Comitê de Animais da CITES é encarregado do aspecto técnico e científico para tentar garantir a sobrevivência de mais de 4.500 espécies de animais, entre elas os esturjões produtores de caviar e os répteis cuja pele serve para fabricar artigos de luxo.