Sérgio Rodrigo Reis
postado em 12/03/2012 10:34
Belo Horizonte ; O grande número de monumentos históricos repletos de obras de arte no Brasil tem colocado o poder público em alerta para a necessidade de preservação desse vasto patrimônio. Ano após ano, a falta de recursos para manutenção e prevenção tem sido devastadora, deixando os espaços reféns da ação do tempo e da infestação de insetos. Se até bem pouco tempo atrás, para resolver o problema do ataque de cupins, percevejos, baratas e demais insetos xilófagos era necessário um grande volume de veneno, acaba de surgir uma alternativa não poluente e com garantia de eficácia, em escala industrial.O processo foi desenvolvido na Espanha pela bióloga Nieves Valentín e chegou ao Brasil há vários anos, mas só agora está sendo aplicado em grande proporção. O nome do procedimento é complicado: sistema anóxio para desinfestação de documentos e bens culturais. Por trás da nomenclatura diferente está um procedimento simples. Consiste no isolamento do material infestado ; livros, periódicos, obras de arte ; no interior de bolsas plásticas impermeáveis de alta barreira e na substituição do oxigênio por gás inerte, nitrogênio ou argônio. Essa ação reduz para níveis de até 0,2% o oxigênio contido nas bolsas durante um mês, matando qualquer ser vivo ali existente. ;Descobriu-se o ovo de Colombo;, compara Adriano Ramos, dono de uma empresa mineira que trabalha com o método.