Durante muito tempo, chamou-se de órgãos vestigiais esses rastros da evolução que, até hoje, acompanham não só o homem, mas diversas outras espécies de animais e mesmo vegetais. O termo está em desuso e começam a aparecer evidências de que alguns deles, na verdade, ainda são funcionais, como o apêndice, que, além de inflamar, serve como depósito de bactérias boas para o organismo. A descoberta de que alguns órgãos que pareciam obsoletos possuem utilidade tem sido usada por criacionistas para renegar o darwinismo e refutar a teoria de que o homem é da mesma família dos macacos. ;As coisas não são tão simples assim;, alerta Gerd B. Müller, biólogo teórico responsável pelo verbete ;órgãos vestigiais; na Enciclopédia da evolução, organizada por Mark Pagel e publicada pela Universidade de Oxford.