Em 20 de julho de 1969, o norte-americano Neil Armstrong entrou para a história por ser o primeiro homem a pisar a Lua. Além de uma série de respostas científicas sobre o único satélite natural da Terra, a visita de Armstrong e de outros astronautas gerou várias dúvidas, algumas delas sem resposta até hoje. Agora, em um artigo publicado na edição de hoje da revista Science, cientistas franceses e norte-americanos parecem ter encontrado a resposta para uma das mais intrigantes: como pode a Lua ser magnetizada?
Quando as naves Apollo passaram a pousar na Lua, entre 1969 e 1972, uma das maiores surpresas dos cientistas foi detectar a existência de um forte magnetismo em sua superfície. O fenômeno era inesperado porque 93% da composição do satélite são de não metais, como hélio, neônio, hidrogênio e argônio. E, para a existência de magnetismo seriam necessários mais metais na composição lunar. ;Análises de amostras trazidas pelas missões Apollo mostram que a crosta lunar é, intrinsecamente, muito não magnética. Portanto, os campos magnéticos lunares detectados a partir de naves espaciais em órbita são extremamente difíceis de explicar;, diz ao Correio Mark Wieczorek, pesquisador da Universidade de Paris-Diderot, na França, líder do estudo.