No entanto, o campo magnético da Terra parece estar absorvendo o peso do impacto e é improvável que alcance um nível mais grave, disseram pesquisadores dos Estados Unidos. A ponta da ejeção de massa coronal, uma explosão de partículas e plasma quente, fez com que o Sol entrasse em erupção na quarta-feira, impactando a Terra nesta quinta-feira às 10h45 GMT (07h45 de Brasília), explicou a National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA, por sua sigla em Inglês).
As previsões de que a tempestade poderia chegar ao nível três, em uma escala de cinco, atingindo um nível "forte" de radiação solar e tempestades geomagnéticas, "ainda parecem ser justificadas", declarou a NOAA. "Até agora, a orientação do campo magnético tem sido o oposto do que é necessário para tornar o impacto mais forte. À medida que o evento avança, este campo continuará mudando".
A Nasa previu na noite de quarta-feira que a tempestade poderia atingir o nível "grave" e é esperado que seus efeitos durem até sexta-feira. A tempestade é, provavelmente, "a pior desde dezembro de 2006", informou o cientista da NOAA, Joseph Kunches. Espera-se que os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) não sejam afetados pela tempestade de radiação, segundo a Nasa.
[SAIBAMAIS]Um impressionante espetáculo de aurora boreal poderá ser visto na Ásia Central ao cair da noite desta quinta-feira. As tempestades geomagnéticas e de radiação estão se tornando mais frequentes à medida que o sol passa de seu período mínimo de atividade solar para máximo, o que acontecerá nos próximos anos, mas os seres humanos deverão estar protegidos pelo campo magnético da Terra. No entanto, alguns especialistas estão preocupados porque, como a dependência da tecnologia de satélite GPS é maior do que era durante a última tempestade solar, poderá haver mais transtornos na vida diária.
O distúrbio começou na noite de domingo, em uma região ativa do Sol chamada 1429, com uma grande explosão solar associada a uma rajada de vento solar e plasma, conhecida como ejeções de massa coronal, que caiu na Terra a cerca de 6,4 milhões de Km/h. A Nasa afirmou que a primeira erupção (classificada na poderosa classe X e direcionada para a Terra) foi a maior do ano e uma das maiores deste ciclo mínimo solar, que começou em 2007. As tempestades solares só causaram breves apagões de rádio de alta frequência, segundo a NOAA.