O primeiro passo da equipe de pesquisadores foi coletar tecido cardíaco do próprio paciente para multiplicar, em laboratório, células-tronco derivadas dessa estrutura saudável. Cerca de 25 milhões dessas células, então, foram reintroduzidas na área lesionada do coração da pessoa que havia sofrido o infarto (veja infografia). O autor do estudo, Eduardo Marbán, diretor do Instituto do Coração Cedars-Sinai, conta ao Correio que ele e seus colegas conseguiram mostrar que a infusão de células-tronco cardíacas pode ajudar a regenerar o músculo saudável do órgão. ;Os pacientes que passaram pelo tratamento tinham cicatrizes que ocupavam cerca de 24% do coração. Em um ano, eles viram esse tecido diminuir pela metade, ocupando 12% do músculo. O grupo de controle ; que foi tratado com remédios ;, por sua vez, não obteve redução no tamanho da cicatriz;, detalha.
Para ele, foi surpreendente ter conseguido substituir uma cicatriz por tecido muscular vivo. ;Essa regeneração terapêutica é o ;Santo Graal; do tratamento celular, mas nunca tinha sido feita antes;, comemora o pesquisador, que ressalta o fato de seu projeto ter sido o pioneiro em obter resultados positivos. ;Até nosso estudo, havia o dogma de que a fibrose (tecido de cicatriz) no coração, uma vez formada, era permanente. Não havia modo de diminuir a área danificada e fazer com que o músculo saudável voltasse a crescer;, recorda.
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