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Ciência e Saúde

Tendência de exagerar divergências entre grupos é universal, mostra estudo


O mundo não é azul ou vermelho, e parece mais com o avental de um pintor: salpicado de pigmentos misturados. Essa é a opinião de cientistas sociais americanos que resolveram investigar, em diferentes estudos, a tradicional polarização dos Estados Unidos em relação às convicções políticas do eleitorado. Em ano de pleito nacional, quando se acirram as divergências ideológicas, os pesquisadores garantem que os simpatizantes e os políticos dos partidos Democrata e Republicano não são tão diferentes uns dos outros.

Para Leaf Van Boven, pesquisador do Departamento de Psicologia e Neurociência da Universidade de Colorado, câmpus de Boulder, a polarização política costuma ser superestimada não apenas nos Estados Unidos, mas nas democracias, em geral. ;Não é que os pontos de vista sejam compartilhados por partidos que se dizem opostos. O problema é que a diferença entre um e outro é muito menor do que as pessoas acreditam;, afirma.

O pesquisador exemplifica com a polêmica em torno dos gastos públicos ; por pouco, os Estados Unidos escaparam da moratória no segundo semestre do ano passado. ;Os democratas tendem a ser ligeiramente mais favoráveis a gastar com a máquina pública em comparação aos republicanos, mas ambos superestimam drasticamente a magnitude dessa diferença, com pessoas de ambos os partidos vendo os democratas como mais inclinados a apoiar gastos do governo do que eles realmente são. Ao mesmo tempo, enxergam os republicanos como muito mais contidos do que são de fato;, diz Van Boven.

A matéria completa você lê na edição desta terça-feira (14/02) do Correio Braziliense