A boa notícia é que, além de benefícios econômicos, a expansão trará ganhos ambientais, segundo uma pesquisa feita pela Universidade de Newcastle, no Reino Unido. De acordo com o estudo, feito pelo professor da Faculdade de Ciência Marinha e Tecnologia Paul Stott e sua equipe, permitir que navios maiores passem pelo corredor representará uma redução de 16% na emissão de gases poluentes produzidos pela indústria naval na atmosfera. O engenheiro naval diz ainda que até mesmo o design dos cascos pode ajudar a preservar o meio ambiente. ;A restrição do feixe (área do ponto médio do comprimento do navio, situado na parte ;mais largo; da embarcação) em algumas partes da frota levou a uma forma do casco ineficiente;, justifica. ;A eficiência do casco determina a resistência que o navio produz e, assim, a quantidade de combustível necessário para empurrar o navio através da água;, detalha.
No trabalho, os pesquisadores ingleses quantificaram os potenciais ganhos de eficiência na indústria de granéis sólidos, como grãos e minério de carvão. Stott defende que, mesmo um navio que nunca vá para o Canal do Panamá pode ser projetado com um feixe compatível com as novas medidas, para ser flexível. ;A eficiência dos barcos poderia salvar 5,5% de combustível no setor graneleiro;, completa. Embora não faça parte dos objetivos principais da obra, o pesquisador acredita que as vantagens ambientais são ;consequências não intencionais que podem contribuir para a meta de criação de transportes mais verdes;.
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