WASHINGTON - A FDA, agência que regula alimentos e medicamentos nos Estados Unidos recusou-se esta quarta-feira a conceder a uma empresa farmacêutica o direito de vender sem autorização a pílula do dia seguinte a menores de 17 anos.
A receita médica "continuará sendo necessária para as jovens menores de 17 anos", declarou, em um comunicado, a chefe da FDA, Margaret Hamburg.
Hamburg enviou uma carta aos jornalistas explicando que embora apóie a tentativa de tornar a pílula do dia seguinte mais acessível às jovens maiores de 12 anos, a secretária de Saúde e Serviços Humanos, Kathleen Sebelius, tinha se mostrado em desacordo com a decisão da FDA e invocou sua autoridade para bloquear a iniciativa.
Atualmente, a pílula do dia seguinte, que pode reduzir as chances de gravidez se ingerida até 72 horas após a relação sexual sem proteção, está disponível sem receita para todas as mulheres maiores de 17 anos.
A empresa farmacêutica Teval, que fabrica a pílula Plan B, solicitou à FDA que mudasse as regras para que o produto fosse facilmente acessível a mulheres de todas as idades.
O pedido despertou a ira de grupos antiaborto americanos.