Ciência e Saúde

Entenda como nosso planeta nasceu e se desenvolveu

Paloma Oliveto
postado em 15/08/2011 08:00
Um ambiente quase todo formado por água; com um núcleo líquido fervente; ameaçado por placas que podem se chocar a qualquer momento; envolto por uma atmosfera repleta de gases tóxicos; e marcado por eventos naturais devastadores, como erupções de lava vulcânica, ondas gigantes e terremotos. Como se não bastasse, exposto aos ventos solares ; compostos por partículas atômicas ; e à fúria dos meteoroides, cuja força de colisão pode mandar tudo, literalmente, para os ares. E pensar que esse lugar assustador é a Terra.

O único planeta com vida de que se tem notícia na imensidão de 13,7 bilhões de anos-luz do universo formou-se quase ao mesmo tempo que o Sistema Solar, há 4,5 bilhões de anos. Se a Terra tivesse se posicionado em uma órbita diferente, pouco mais perto ou mais longe da estrela-mãe, provavelmente nem uma simples bactéria sobreviveria em seu interior. A exatos 149,6 milhões de quilômetros do Sol, entretanto, o planeta conseguiu refletir energia suficiente para aquecer seus habitantes sem, contudo, absorvê-la tanto a ponto de torrá-los.

A formação da Terra foi semelhante à dos demais ;pequenos rochosos;, nome que se dá aos primeiros quatro planetas do Sistema Solar, em relação à distância do Sol. No início, era praticamente líquida e envolta por uma crosta. Bombardeada por meteoroides, a Terra ficou repleta de ;cicatrizes;, mas, ao longo de milhares e milhares de anos, a superfície do planeta foi sendo moldada, de forma que algumas crateras ainda existem, mas não predominam mais. Durante quase 1 bilhão de anos, gases, água e metais foram a composição básica da Terra. Então, uma novidade surgiu do fundo do oceano. Algo que, até que a ciência consiga provar o contrário, é a característica mais inusitada do planeta: a vida.

Acredita-se que os primeiros organismos a aparecerem pertençam ao reino dos moneras, os mais simples e abundantes da Terra. Aí, incluem-se bactérias e cianofíceas, seres microscópicos e unicelulares, que se reproduzem por cissiparidade ; eles dobram de tamanho e, então, se dividem em dois organismos iguais. Aparentemente prosaicos, esses micro-organismos foram os precursores de todos os outros, sejam plantas ou animais.

Naquela época, quando a Terra era um ambiente inóspito, tóxico e extremamente adverso à vida, eles foram verdadeiros sobreviventes. Lentamente, evoluíram. Primeiro, adquiriram energia suficiente para ganhar mais complexidade. Depois, sofreram reações químicas, mudaram de forma, passaram a se reproduzir de outras maneiras e saíram do fundo do mar. Até que, um dia, um primata desceu das árvores para ganhar o mundo. Mas aí é outra história.

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