Paloma Oliveto
postado em 08/08/2011 08:00
Há 4,6 bilhões de anos, uma nuvem maciça de gás e poeira entrou em colapso, transformando-se em um disco achatado, parecido com uma panqueca, contendo um núcleo quente e denso. Era o nascimento do Sistema Solar. Os cientistas não sabem ao certo o que provocou esse evento, mas, graças a ele, os seres humanos estão aqui e podem especular os motivos para uma nebulosa de hidrogênio, hélio, metais, água e amônia ter originado o único local conhecido do Universo que abriga a vida.Se, logo no início, as nuvens eram difusas, graças à ação gravitacional elas começaram a se condensar no núcleo, ao mesmo tempo em que giravam cada vez mais rápido. As partículas de poeira e gelo que orbitavam o então esboço do Sol colidiam, formando massas chamadas planestimais. Ao longo de milhares de anos, esses aglomerados foram crescendo e atraindo mais matéria, até darem origem aos planetas. Os primeiros a surgir foram os pequenos rochosos, como Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. O calor resultante das colisões derreteu o material dos jovens planetas. Os metais pesados afundaram, e é por isso que, em seu interior, os rochosos possuem núcleos densos de ferro.
Depois, nasceram os gigantes gasosos: Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Embora hoje sejam enormes, no início eram pequenos planetesimais, repletos de gelo, hidrogênio e hélio, além de metais pesados. No interior, eles contêm gelo e rocha, e são revestidos por uma camada de manto líquido. Todos eles possuem anéis, apesar de os saturninos serem os mais famosos. Os cientistas acreditam que esses anéis sejam compostos por grãos de rocha ou gelo, mas também existe a hipótese de os fragmentos serem restos de luas esmagadas pelo forte campo gravitacional dos gasosos.
Além do Sol e dos planetas, o Sistema Solar é formado por diversos corpos celestes, como satélites, asteroides, cometas e planetas-anões, caso de Plutão, que foi rebaixado para essa categoria pelo fato de não ser o objeto dominante de sua órbita. Imaginando o Sistema Solar como um disco, tendo o Sol como o centro, cada planeta ocupa uma faixa e é o principal corpo dessa trajetória circular ou oval. Por muito tempo, astrônomos afirmavam que Plutão não deveria ser considerado um planeta, mas a decisão oficial da União Astronômica Internacional só saiu em 2006.
Um dia, tudo isso poderá acabar. Os astrofísicos estimam que, daqui a cinco bilhões de anos, o Sol, que contém 98% de toda a massa do Sistema Solar, vai morrer, como toda estrela. No fim da vida, ele comecará a fundir o hélio em elementos mais pesados e se expandirá, finalmente crescendo tanto que engolirá a Terra. Após 1 bilhão de anos como uma gigante vermelha, o Sol rapidamente colapsará em uma anã branca. Para os terráqueos, esse será o fim do mundo.
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