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Ciência e Saúde

Brasil deve aumentar investimentos em robótica, defende professor

Rio de Janeiro ; O Brasil deve aproveitar o potencial em áreas como agricultura e exploração de petróleo na camada pré-sal para investir na indústria de robótica, defende o professor Marco Henrique Terra, da Universidade de São Paulo em São Carlos (USP São Carlos). ;São dois setores que, economicamente, podem resultar em algo viável para se investir em robótica;, ressaltou.

Segundo ele, comparada à situação de países desenvolvidos, o Brasil não ocupa uma boa posição no que se refere a esse tipo de teconolgia. O professor destacou que, no entanto, no país há uma série de iniciativas pontuais que, se forem incentivadas, poderão trazer resultados favoráveis.

;Acredito que no médio e longo prazos, se a gente conseguir focar em determinados setores específicos, em que o Brasil tem potencial econômico para competir, a gente possa obter alguma coisa.;

Terra lembrou que as plataformas do pré-sal ficarão bastante afastadas da costa, o que indica que o nível de automação e de robotização será alto na atividade de exploração nessas áreas. ;Pela distância, por segurança das pessoas que trabalham, quanto menos gente houver nessas plataformas, melhor. Aí há um cenário para médio e longo prazo para empresas de pequeno porte, se houver investimentos para que elas desenvolvam soluções para esse tipo de exploração, que é nova e diferente da que se faz hoje.;

A inovação tecnológica no Brasil na indústria de robôs será tema de debate hoje (14), no Clube de Engenharia, no Rio de Janeiro. A ênfase será a fabricação de produtos de elevado valor agregado e o crescimento de empregos com qualificação.

Terra disse que as iniciativas brasileiras em robótica são feitas, na maioria dos casos, por empresas de pequeno porte. ;Portanto, há muito o que se fazer. Acho que o caminho é esse: potencializar a pesquisa nessas empresas que se propõem a fazer isso aqui no Brasil.;

Entre os principais robôs em atividade, está o Ambiental Híbrido Chico Mendes, criado em 2005 pelo Centro de Pesquisas da Petrobras, para fazer o monitoramento da Amazônia. Para outros segmentos, como a indústria nuclear, Terra afirmou que ainda não foram desenvolvidos robôs no Brasil.

Para ele, tanto o governo quanto a iniciativa privada devem investir na área de robótica. A Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia (Finep) investiu em projetos de robótica R$ 47,5 milhões, no período entre 2004 e 2010.

O professor disse que o investimento ainda ;é pouco;, mas destacou que a Finep ;tem feito o que pode;. ;Com os recursos de que dispõe, tem feito o máximo possível e trabalhado bem, definindo prioridades de maneira criteriosa e apropriada.;

Terra destacou que nos Estados Unidos, por exemplo, um único projeto voltado para o desenvolvimento de um robô aéreo pode demandar investimentos de até US$ 30 milhões.