O Brasil é reconhecido internacionalmente por garantir o acesso universal e gratuito ao tratamento antirretroviral, mas precisa avançar no diagnóstico precoce da aids. A avaliação é do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Trinta anos após a descoberta da doença, medidas de redução de danos adotadas pelo governo brasileiro, segundo ele, possibilitaram, por exemplo, a redução de 25% para 5% de participação de usuários de drogas injetáveis no total de novas infecções no país.
[SAIBAMAIS]
Padilha lembrou, entretanto, que cerca de 250 mil pessoas vivem com HIV no Brasil sem saber que foram infectadas. Uma das estratégias adotadas pelo ministério é o teste rápido, realizado em cinco minutos e disponível em unidades básicas de saúde. A pasta estuda a instalação de postos também em feiras, escolas e universidades.
Outro desafio no enfrentamento da aids, de acordo com o ministro, é traçar novas abordagens para atingir populações mais vulneráveis ao HIV ; sobretudo mulheres jovens. Quando a epidemia começou, no início dos anos 80, a maioria dos infectados era do sexo masculino. Atualmente, a proporção, até os 23 anos de idade, é de dez mulheres infectadas para cada oito homens.
;Essa juventude não tem a mesma referência que tivemos há 30 anos do que significava a aids no país e no mundo. Não há artistas infectados, esportistas, referências públicas no enfrentamento da epidemia, como no começo dos anos 80;, disse. ;Termos ações específicas para essa juventude é fundamental, com abordagens nas escolas sobre a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, não só da aids;, completou.