A dificuldade para engravidar atinge cerca de 20% dos casais em geral, sendo que, em 40% dos casos, o problema da infertilidade afeta o sexo masculino. De acordo com o biólogo e pesquisador do Instituto de Ciências de Saúde Philip Wolff existem muitos fatores que podem estar ligados ao sistema reprodutor masculino que alteram a quantidade e a qualidade dos espermatozóides, que pode causar a infertilidade.
Entre os que podem desencadear a doença estão as infecções e suas consequências (uretrites, orquites, epididimites e prostatites), a varicocele (varizes nos testículos) e os problemas imunológicos. Todas elas podem levar a um maior ou menor grau da diminuição da concentração dos espermatozóides ou até mesmo da ausência de espermatozóides.
"Os homens também devem estar atentos aos hábitos alimentares, sedentarismo, exposições a materiais pesados (como chumbo), uso excessivo de álcool, tabaco e drogas e principalmente ao calor na região dos testículos; pois a alta temperatura pode levar a infertilidade", explica Wolff.
Para que se identifique o problema é necessário realizar um exame chamado espermograma que se analisa a possibilidade de dificuldades na hora da fertilidade. "O sêmen é analisado no microscópio para que se determine a concentração dos espermatozóides, o seu movimento e formato. Esses exames são primordiais para garantir o sucesso da fertilização", afirma.
O tratamento
O tratamento de infertilidade masculina varia de acordo com cada caso. Nos considerados mais simples podem ser usadas as técnicas de baixa complexidade, apenas com a inseminação artificial e em casos mais complexos (como em homens que sofreram algum tipo de lesão medular) é preciso um tratamento de alta complexidade como a injeção intracitoplasmática de espermatozóides (ICSI) e fertilização in vitro. A injeção foi idealizada para homens cujo número de espermatozóides é muito baixo ou mesmo homens com ausência de espermatozóides no sêmen.