Em qualquer lugar onde haja uma banca com ervas medicinais, lá está a arnica, que dizem servir para tratar praticamente todos os tipos de doença. A popular planta, no entanto, tem uma adversária de peso, que ganha cada vez mais respaldo científico. O uso terapêutico da salsaparrilha ; comum na Floresta Amazônica, na Mata Atlântica, no cerrado e na caatinga ; parece infinito. ;O grupo das salsaparrilhas, composto por cerca de 350 espécies do gênero Smilax L., é conhecido por suas propriedades antirreumáticas, antissifilíticas, antibióticas, antidiuréticas, depurativas, analgésicas e antioxidantes, sendo eficaz ainda contra cólicas menstruais e doenças imunoinflamatórias;, enumera o biólogo João Marcelo Silva, que, em recente pesquisa desenvolvida na Universidade de São Paulo (USP), identificou a anatomia e o perfil químico de duas das 31 espécies do vegetal encontradas no Brasil.
O material do estudo foi coletado na Mata Atlântica, na cidade de Santa Teresa (ES), e na Amazônia, em Manaus. As duas espécies identificadas, Smilax syphilitica Humboldt & Bonpland ex Willdenow e Smilax aff. syphilitica Humboldt & Bonpland ex Willdenow, foram distinguidas uma da outra pelas características de suas folhas. As diferenças observadas dizem respeito à organização das células nas folhas, à espessura da parede celular e ao tipo de cristais de oxalato de cálcio ; composto químico encontrado no interior das folhas e que produz cristais que causam intoxicação se consumidos em excesso.
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