Os sete parceiros do projeto de reator nuclear experimental International Thermonuclear Experimental Reactor (ITER) já acertaram um acordo sobre o calendário e o financiamento desse programa, com sede em Cadarache, sul da França, depois de meses de incerteza.
A fusão nuclear controlada, objetivo do projeto ITER faz parte da busca por energia "mais limpa" e quase ilimitada.
O reator entrará em fase de construção já a partir deste verão, no Hemisfério Norte. Estarão envolvidos no projeto Japão, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Rússia, índia e os países da União Europeia.
Em termos de financiamento, a Europa comprometeu-se a contribuir com até 6,6 bilhões de euros (US$ 8,5 bilhões, levando em conta parte no projeto, de 45%.
A fusão termonuclear controlada, objeto de investigações no ITER, é considerada solução alternativa à fissão nuclear, fonte de resíduos radiativos que permanecem durante milhares de anos.
Aplicada nas centrais eletronucleares atuais, a fissão se traduz pela fragmentação do núcleo de um átomo para a obtenção de energia.
Ao contrário, a fusão nuclear controlada consiste em fazer fundir os núcleos de diferentes tipos (isótopos) de átomos de hidrogênio para formar o hélio.
A primeira tentativa de fusão de átomos de hidrogênio está prevista para 2019, mas o processo final, utilizando o trítio e o deutério, dois isótopos do hidrogênio, só será lançado em 2026.
Quase inesgotável, o deutério pode ser facilmente extraído da água, que o contém até 40 miligramas por litro.