Pesquisadores descobriram no fundo do oceano Antártico os primeiros indícios de uma enorme emissão de dióxido de carbono (CO2), que ocorreu há 18 mil anos e contribuiu para o fim do último período glacial, revela um estudo publicado nesta quinta-feira pela revista Science.
Os resultados da investigação, realizada por cientistas da Universidade de Cambridge (GB), oferecem a primeira indicação concreta de que o CO2 estava preso eficazmente nas profundesas oceânicas durante a última glaciação, o que os pesquisadores suspeitavam há tempo.
"Nossos resultados mostram que durante a última glaciação, há cerca de 20 mil anos, o CO2 estava dissolvido nas águas profundas circulantes em torno da Antártica durante períodos muito mais longos que hoje", afirmou Luke Skinner, principal autor do estudo.
Segundo os pesquisadores, grandes fugas de CO2 provenientes das profundezas do oceano Antártico ocorreram a cada 100 mil anos, aproximadamente, contribuindo para o fim de todos os períodos glaciais nos últimos dois milhões de anos.