Cada vez mais crianças americanas entram, desde pequenas, na "obesidade extrema", uma categoria associada a mais riscos de morte prematura e desenvolvimento de doenças que normalmente aparecem apenas em idade avançada, indica um estudo publicado nesta quinta-feira (18/3).
7,3% dos meninos e 5,5% das meninas de 2 a 19 anos são atualmente considerados "obesos extremos", uma categoria criada em 2009 pelo Centro de controle de doenças dos Estados Unidos (CDC), indica o estudo, realizado pelo grupo de seguros de saúde Kaiser Permanente.
São considerados "extremamente" obesas as crianças com um Índice de Massa Corporal (IMC) superior a 35 kg/m2. Assim, um menino de 12 anos que mede 1,52 metros e pesa 82 quilos entra nesta nova categoria.
Esta forma de obesidade mórbida afeta mais os meninos aos 10 anos e as meninas aos 12 e 18 anos, segundo o estudo, publicado no Journal of Pediatrics. "Sem uma mudança importante nos hábitos alimentares, estas crianças correm o risco de que sua esperança de vida se reduza de 10 a 20 anos e se desenvolvam, a partir dos 20 anos, problemas de saúde habituais a pessoas de 40 a 60 anos", afirma Corinna Koebnick, principal autora da pesquisa.
"Estas crianças, por exemplo, têm mais riscos de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes do tipo 2 e problemas nas articulações", desde os 20 anos, acrescentou a pesquisadora.
A obesidade extrema afeta especialmente as minorias: 12% das meninas negras e 12% dos meninos hispânicos são extremamente obesos.
A pesquisa avalia em 37% a proporção de crianças acima do peso nos Estados Unidos (com um IMC superior a 25) e em 19% a quantidade de obesos (IMC superior a 30).