WASHINGTON - Um novo tratamento se revelou eficaz contra a esclerose em placas, ou esclerose múltipla, ao reduzir claramente o agramento e as recaídas desta doença inflamatória do sistema nervoso central, segundo um teste clínico publicado pelo New England Journal of Medicine (NEJM).
O Cladribine é o primeiro tratamento experimental que pode ser aplicado por via oral para combater esta grave infecção de origem desconhecida.
O estudo clínico foi realizado com mais de 1.300 acompanhados durante cerca de dois anos. Também foram realizados exames de ressonância magnética. O Cladribine elimina também os efeitos colaterais causados pelas atuais terapias, segundo os autores do estudo.
Basta tomar os comprimidos durante um período de 8 a 10 dias por ano, evitando as injeções intravenosas às quais são submetidos atualmente os pacientes ao longo de todo o ano. "A chegada do Cladribine, que não produz efeitos colaterais a curto prazo e é muito fácil de tomar, terá um importante impacto sobre o tratamento da esclerose em placas", afirma Gavin Giovanonni, da London School of Medicine and Dentistry, principal autor da pesquisa.
Entre os que participaram do teste, qem tomou Cladribine teve 55% menos risco de recaída e 30% menos probabilidades de que sua condiçao se agravasse do que o grupo tratado com placebos.
O Cladribine atua neutralizando o sistema imunológico, o que impede que ataque ainda mais o sistema nervoso central. Foi desenvolvido pelo grupo farmacêutico Merck Serono, filial do grupo alemão Merck KGaA.