COPENHAGUE - O presidente do Brasil, Luiz Inacio Lula da Silva, dedicou seus primeiros dias em Copenhague a multiplicar os contatos com outros governantes, em busca de entendimentos que permitam alcançar um acordo na reunião de cúpula sobre o clima.
Lula reuniu-se à tarde num hotel da capital dinamarquesa com um de seus principais aliados em questões do clima, o presidente francês Nicolas Sarkozy.
"O presidente Lula e eu concluímos uma longa reunião de trabalho. Fizemos uma análise da situação em que está a conferência, das questões em jogo e dos riscos que corre", afirmou o presidente francês ao final do encontro.
Os dois líderes foram participar depois, junto a outros 116 chefes de Estado e de Governo, de um jantar oferecido pela rainha Margarita da Dinamarca, no palácio de Amalienborg.
"O jantar é um ato oficial mas será, também, ocasião para uma conversa e uma troca de ideias entre os chefes de Estado", explicou aos jornalistas Luis Alberto Figueiredo, chefe do departamento de Meio Ambiente e Temas Especiais do Ministério de Relações Exteriores e responsável pelo Bali Road Map (Mapa do Caminho de Bali).
Ao final do encontro bilateral, Lula e Sarkozy anunciaram que vão se reunir depois do jantar com líderes de todas as regiões do mundo para elaborar uma declaração política que possa servir de base a um novo acordo mundial, na sexta-feira.
Segundo a presidência francesa, China, Índia, África do Sul e os demais países africanos devem enviar representantes a essa reunião, da qual também devem participar os principais países industrializados, entre eles os Estados Unidos.
Lula também se encontrou na manhã desta quinta-feira, na capital dinamarquesa com o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao. "Estiveram conversando sobre como poderiam destravar as negociações", segundo fonte da presidência brasileira.