Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Dilma: Brasil não vai 'perdar a oportunidade' em Copenhague

A chefe de gabinete da Casa Civil e candidata à presidência brasileira, Dilma Rousseff, afirmou nesta segunda-feira que o Brasil está decidido a evitar o fracasso da conferência sobre a mudança climática, organizada em Copenhague, ao convocar os países industrializados a assumir suas responsabilidades. [SAIBAMAIS]"Não viemos a Copenhague para desperdiçar esta oportunidade. Não estamos aqui para um fracasso, e sim para o sucesso, não aceitamos andar para trás, queremos seguir adiante", afirmou a candidata à presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado dos chefes das delegações de China e Índia. Dilma Rousseff, que lidera a delegação brasileira, fez tal declaração no momento em que a possibilidade de fracasso da reunião em Copenhague é real devido às fortes divergências entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. "Chegou o momento de os países industrializados estabelecerem objetivos ambiciosos e vinculantes, e de proporcionarem o financiamento necessário aos paíse em desenvolvimento para que possam fazer mais" no combate ao aquecimento global. Dilma Rousseff lembrou o grande número de países em desenvolvimento que chegaram a Copenhague com objetivos voluntários de redução de suas emissões de gases do efeito estufa, e destacou que o Brasil assumiu o compromisso de reduzir suas emissões de CO2 entre 36% e 39% em relação à previsão de emissões para 2020. "Estamos fazendo a nossa parte, agora esperamos que os países desenvolvidos façam a sua", disse Dilma. "Queremos que os países em desenvolvimento façam um esforço, e não vamos aceitar que nossos países não possam prosseguir com seu desenvolvimento, porque isto equivaleria a nos condenar à pobreza permanente". O ministro brasileiro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que a conferência de Copenhague precisa lançar um ambicioso acordo mundial de luta contra o aquecimento global. "Não queremos que esta conferência termine em frustração porque alguém usou bilhões de dólares (de ajuda aos países em desenvolvimento) para resgatar os bancos". "Acreditamos que vamos sair daqui com um bom acordo que, mesmo que não inclua tudo, estabeleça bases sólidas".