<img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/fernandonoronha_0_0_0.jpg" alt="O Pontal das Caracas e o Morro Dois Irmãos são alguns dos locais fotografados para o banco de imagens" />Baías de Sueste, dos Golfinhos e dos Porcos. Praias do Sancho e do Leão. Esses são alguns dos locais que encantam aqueles que visitam Fernando de Noronha (PE), considerado um verdadeiro tesouro natural. No entanto, mesmo aqueles que já tiveram o privilégio de conhecer o arquipélago devem se surpreender com a beleza dessas maravilhas quando vistas do alto. Justamente o que permitem as fotografias que compõem o primeiro banco de imagens aéreas da reserva, resultado de uma parceria inédita entre o Parque Nacional Marinho de Noronha e os aviadores Gérard e Margi Moss. Acompanhado das fotógrafas Marta Granville e Zaira Affine, o casal sobrevoou Noronha no mês passado. O passeio, feito em ;céu de brigadeiro;, durou uma hora e possibilitou a produção de dezenas de fotos nos mais diversos ângulos, alguns deles quase nunca vistos antes.<br /><br />Embora criada há exatos 20 anos, por meio de decreto presidencial, a unidade de conservação de Noronha nunca havia feito um banco de imagens do tipo, mostrado com exclusividade pelo Correio. De acordo com a chefe do parque, administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Fabiana Bicudo, as fotos são de grande importância para a gestão, monitoramento e proteção da área, principalmente para a identificação de ecossistemas frágeis. ;São áreas próximas a zonas agrícolas, de pecuária ou que estão com algum tipo de supressão. Elas podem vir a demandar alguma ação da unidade;, explica.<br /><br />As fotos aéreas, feitas a uma altitude que variou de 1 mil a 2 mil pés, também farão parte de projetos de divulgação da unidade, que hoje representa quase 70% da área do arquipélago. Uma dessas ações será uma exposição permanente que poderá ser vista pelos turistas ; são 60 mil por ano ;, a ser inaugurada nos próximos meses. Além das belezas e atrativos, o objetivo é mostrar para os visitantes como preservar o local, chamado também de a Esmeralda do Atlântico.<br /><br />Fabiana diz ainda que, em algumas fotos, principalmente as panorâmicas, é possível identificar lugares que não estão abertos ao público ou que são de difícil acesso. ;Uma das fotografias mostra a Ponta da Sapata, por exemplo, onde aparecem os paredões rochosos. Poucas pessoas tiveram essa visão, que é nova até mesmo para nós do ICMBio, que moramos na ilha;, conta.<br /><br />[SAIBAMAIS]O convite feito ao casal Moss surgiu depois que a chefe do parque soube de uma palestra que seria ministrada por Gérard em Fernando de Noronha, a respeito de projetos ambientais dos quais participa, como o Programa Brasileiro de Conservação das Tartarugas Marinhas (Tamar), executado pelo ICMBio e patrocinado pela Petrobras. Ao tomar conhecimento da intenção dos membros da unidade, o casal aceitou a proposta de imediato e até doou o combustível necessário para o passeio, feito a bordo do monomotor prefixo PT-RXE, conhecido como Sertanejo. ;Já havíamos sobrevoado a área havia algum tempo. Porém, foi muito bom voltar e ver como o arquipélago está bem conservado;, diz o aviador, que nasceu na Inglaterra e costuma visitar o Brasil desde os anos 1980.<br /><br /><strong>Mapa</strong><br />Gérard e Margi Moss ainda aproveitaram a passagem pela ilha para divulgar do projeto Brasil das Águas, também patrocinado pela Petrobras. As viagens pelo país tiveram início em 2003 e término no ano seguinte, o que possibilitou, numa primeira fase, coletar 1.160 amostras de água doce de rios e lagos com o auxílio de um avião anfíbio.<br /><br />O resultado desse trabalho deu origem a um mapa da água doce no Brasil, que contou com a participação de vários pesquisadores. Atualmente, o programa se encontra na terceira etapa, batizada de Rios Voadores. ;O objetivo é coletar amostras do vapor d;água que é transportado pelas massas de ar. Com a ajuda de especialistas, poderemos entender as possíveis consequências de desmatamentos, queimadas e mudanças climáticas na Amazônia sobre o balanço hídrico do país;, explica a queniana Margi, lembrando o quanto é importante preservar os recursos hídricos para o bem-estar das gerações futuras.<br /><br /><strong><a href="#h2href:%7B%22id_site%22%3A%2033%2C%20%22opcoes%22%3A%20%7B%22largura%22%3A%20%22%22%2C%20%22abrir%22%3A%20%22_self%22%2C%20%22center%22%3A%20%22%22%2C%20%22scroll%22%3A%20%22%22%2C%20%22altura%22%3A%20%22%22%7D%2C%20%22modulo%22%3A%20%7B%22id_site%22%3A%2033%2C%20%22id_tree_origem%22%3A%20%22%22%2C%20%22id_site_origem%22%3A%20%22%22%2C%20%22id_pk%22%3A%20%22%22%2C%20%22id_treeapp%22%3A%20%22%22%2C%20%22titulo%22%3A%20%22%22%2C%20%22schema%22%3A%20%22%22%2C%20%22icon%22%3A%20%22%22%7D%2C%20%22link%22%3A%20%22%22%2C%20%22dinamico%22%3A%20%22%22%2C%20%22titulo%22%3A%20%22%22%2C%20%22pagina%22%3A%20211%2C%20%22rss%22%3A%20%7B%22id_site%22%3A%2033%2C%20%22schema%22%3A%20%22%22%7D%7D">; Ouça podcast com Fabiana Bicudo, chefe do Parque Nacional Marinho de Noronha</a></strong>